Detox redes sociais
- Letícia Vichuate
- 18 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de dez. de 2023
Compartilho aqui dois relatos meus após um período off das redes. O primeiro é de jul/2019 e outro de 02/22. Será que eu aprendi alguma coisa?

Primeiro detox
Havia ficado algumas semanas sem utilizar o Instagram e Facebook, pois percebi estarem me fazendo mais mal do que bem. A comparação constante entre aparência, status social, trabalho e até que tipo de hobbys costumava praticar estava me deixando insatisfeita e constantemente murmurando sobre tudo. Percebi então que enquanto eu estava deitada reclamando por não ter um emprego, eu estava perdendo horas do meu dia "curtindo" a vida dos outros ao invés de enviar um currículo. Ou sentindo inveja do corpo de outras mulheres enquanto eu comia porcaria e não fazia nenhum tipo de exercício. Perdi muito tempo olhando para aquilo que eu não tenho e o que não sou e me vitimizando por isso ao invés de levantar cedo e fazer a coisa acontecer.
Segundo detox

Você se compara?
Eu olho para essa foto e só consigo encontrar defeitos, até porquê quem procura acha não é mesmo?
Passei os últimos 7 meses sem usar Instagram e Facebook e isso foi porquê eu não aguentava mais olhar para o que as outras pessoas tinham e eu não tinha; seja em conseguir comprar um carro ou em ter o casamento dos sonhos ou até mesmo no que elas estão comendo que eu não estava. É cansativo se comparar!
"A comparação é perigosa por si só, pois te leva a sempre acreditar que a grama do vizinho é mais verde que a sua."
Eu sei que não sou a única pessoa que sente essa angústia e tristeza por não ter o que o outro tem ou por não ser como o outro é. Acredito que essa mania de comparação predomina entre nós mulheres, mas não atinge só a nós, todo ser humano está suscetível a sentir isso pelo menos uma vez na vida e se você nunca sentiu isso, parabéns, você é uma pessoa privilegiada!
A comparação é perigosa por si só, pois te leva a sempre acreditar que a "grama do vizinho é mais verde que a sua". Imagine o seguinte: dia de domingo, você acaba de ter um almoço em família delicioso, repleto de risadas e alegria, mas ao abrir alguma rede social, você vê o status do seu amigo que está na praia comendo camarão com música ao vivo e qual o pensamento que vem na sua cabeça? Você fica feliz por ele ou gostaria de estar onde ele está? No meu caso, o prazer e a alegria que eu tinha em estar onde eu estava parecia desaparecer e só o que ficava era uma sensação de que faltava alguma coisa. Não acontece igual pra todas as pessoas eu sei, mas acontece.
Ao praticar a gratidão diária por aquilo que lhe é posto na mesa, é um hábito muito importante, assim como utilizar essa sensação de insatisfação que as vezes surge, como gasolina para te impulsionar a fazer o que está ao seu alcance para melhorar aquilo que cabe a sua realidade ter ou ser.
E porque compartilhei esses dois posts aqui?
Quando vejo o primeiro post e quase 3 anos depois surge a mesma reclamação, parece que não aprendi nada, mas veja, eu aprendi, porém esqueci e precisar relembrar a lição. Mas isso significa que não vou sofrer com o mesmo problema de novo? Não, significa apenas que preciso voltar às memorias do que já vivi para não continuar cometendo o mesmo erro ou então para que o fardo fique mais leve de ser carregado.
Um versículo que aprendi ainda na adolescência foi o de Lamentações 3:21-26: "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio."
Por isso a importância de conhecermos nossa história e voltarmos nela de vez em quando, para nos lembrar dos erros e acertos que cometemos, a fim de não cometermos de novo, ou pelo menos tentar.
Compartilha comigo se você já passou por algo parecido. :)
Comentários